terça-feira, 16 de outubro de 2012

Mulher Cristã e a Depressão II

Definição:


“Estado de desencorajamento, de perda de interesse, que sobrevêm após perdas, decepções, fracassos, estresse físico ou psíquico. A psiquiatria classifica em duas vertentes: depressão endógena e depressão exógena. A primeira seria decorrente de predisposições hereditárias e biológicas e a Segunda, devido a fatores ambientais externos, como o estresse e circunstâncias desagradáveis”. Segundo a OMS, a depressão mata por ano um milhão de pessoas (de crianças a idosos, sendo o número de mulheres maior – pós parto) – segundo os cálculos, 10 a 15% dos deprimidos tentam o suicídio.

Questionamento:


“Crente pode sofrer depressão? Como alguém que possui o Espírito Santo de Deus pode dizer que sente um vazio no peito e tem vontade de morrer? Seria esse um estado de pecado ou de possessão demoníaca? O Psicanalista evangélico Heitor Antônio da Silva afirma: “Tenho tratado de pastores em profunda crise e já vi até diáconos se suicidando”.

Casos Bíblicos:


Em várias passagens da Bíblia há relatos de sintomas de depressão, como tristeza, amargura e melancolia. Além dos salmistas, que deixam transparecer esses sentimentos, muitos outros personagens bíblicos viveram momentos depressivos, embora tenham recuperado a alegria de viver.

1 – De ordem espiritual – Saul -

1 Sm 15. 24-30, 16.14-23, 18.12 etc. “ A causa do mal que lhe sobreveio não foi de origem orgânica, sentimental ou financeira, mas devido à desobediência às ordens do Senhor, o que provocou o afastamento do Espírito Santo e a entrada de um espírito maligno em sua vida. Sl 32. 1-5.

2 – Perdas pessoais e materiais – Jó

Era temente a Deus, mais foi vítima de desgraças que o deixaram sem filhos, sem bens e doente. No início, demonstrou-se pronto a enfrentar com fé as adversidades, mas, depois, mergulhou em lamentos e queixas chegando a amaldiçoar seu nascimento (cap 3), questionar a vida (cap 14), e perder as esperanças (cap 17), olhar com saudosismo o passado (cap 29) e chorar por sua condição de miséria (cap 30).

3 – Perseguição – Elias, Davi

1 Rs 19.4, Sl 102, Sl 6, Sl 13 – O profeta, após um episódio vitorioso diante dos profetas de Baal, teve medo da morte e fugiu. Foram 40 dias sozinho, desesperado, sentindo-se fracassado e também desejando a morte. Davi também foi muito pressionado pelos inimigos.

4 – Decepção – Jonas, Jeremias

Quando chegou a Nínive, mostrou-se deplorável. Não conformado com a salvação que Deus trouxera àquele povo, ficou irritado e de tão desgostoso por sentir-se falho como profeta – já que inicialmente iria anunciar a destruição da cidade – quis morrer. Jeremias passou por dolorosa experiência como profeta. Nas chamadas “lamentações”, Ele demonstra decepção e amargura pelos sofrimentos em sua missão.

5 – Estresse – Moisés

Nm 11.10-15 O escolhido por Deus para libertar seu povo das mãos de faraó demonstra não mais aguentar o cargo e chega a pedir a morte.

6 – Doença – Ana

1 Sm 1.7 Estéril, ela não suportava as provocações da outra esposa de seu marido. Vivia depressiva, “chorava e não comia”.

Analise seus sintomas:

A presença de apenas 1 ou 2 sintomas não são necessariamente classificados como depressão. O diagnóstico correto deve sempre ser dado por um médico psiquiatra. Dependendo do número dos sintomas, de sua frequência e intensidade, a depressão pode ser classificada como leve, moderada ou grave. Se você sofre de, pelo menos, quatro destes sintomas ao mesmo tempo, deve procurar um profissional da saúde.

1. Apatia, desinteresse, desmotivação; 2. Dificuldade de realizar tarefas cotidianas; 3. Incapacidade de tomar iniciativas; 4. Perda do prazer; 5. Excessiva preocupação consigo mesmo; 6. Pessimismo; 7. Retraimento social; 8. Desinteresse sexual; 9. Alterações do apetite e do peso (normalmente reduz, mas pode aumentar); 10. Perturbações do sono; 11. Cansaço e fadiga mesmo sem fazer grandes esforços; 12. Dificuldade de concentração; Enfraquecimento da memória; 13. Pensamentos de morte; 14. Sentimento de desvalia ou culpa; 15. Sentimento de sofrimento; 16. Irritabilidade, explosões e crises de raiva; 17. Tonturas, falta de ar, dores difusas pelo corpo. Estes sintomas constam no Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders. (Associação Psiquiátrica Americana).

A Doença Tem Cura?

Deus pode fazer um milagre sem uso de nada como pode fazer um milagre através da Palavra, da terapia, da fé, da família, da Igreja, dos remédios, da mudança de hábito etc.

Adotando hábitos saudáveis em sua rotina, o ser humano pode tentar evitar a depressão. 1 – Faça exercício físico diário (natação, caminhada ou ciclismo). O exercício físico aumenta a produção de betaendorfinas e encefalinas, que dão a sensação de bem-estar e disposição; 2 – Durma bem; 3 – Evite dormir durante o dia, pois esse sono, ao invés de descansar, cansa; 4 – Evite atividades excitantes (esportes, programas de tv violentos, telefonemas, discussões) uma hora antes de dormir. Dê preferência a atividades relaxantes (música); 5 – Tome sol no início da manhã ou final da tarde, que promove o aumento da melatonina, substância do ciclo sono-vigília e do humor humano; 6 – Disponha de tempo para relacionamentos familiares e sociais; 7 – Busque atividades profissionais, esportivas, encontros e reuniões que sejam prazerosas; 8 – Faça atividades em ambientes abertos (praças, paisagens onde existam mata, montanha, mar, etc). Já atividades em locais fechados, como assistir à TV, computador, vídeogames, sons altos, etc. são estressantes e viciam; Invista em lazer nos finais de semana que saia da rotina de casa. Tenha criatividade; 10 – Evite, se possível, muita exposição a ambientes artificiais, com ar condicionado, carpetes, vidro fumê, etc. que provocam desgaste físico e psicológico; 11- Invista em hobbies (costura, pintura, jardinagem, pescaria, etc); 12 – Evite produtos do tipo do tipo guaraná em pó, ginseng, catuaba que são excitantes e interferem na qualidade do sono; 13 – Não use anfetaminas (remédios para emagrecer), pois provocam irritabilidade, insônia, agressividade e depressão; 14 – Inclua na alimentação o consumo de folhas verdes, como couve, alface e outras. Elas contêm tryptofano, substância fundamental para a produção de neurotransmissor cerebral, a seretonina, que regula humor, pensamento e ação; 15 – Beba no mínimo 2 litros de água por dia, evitando a desidratação celular que provoca estresse em nível cerebral.

Entrega o teu caminho ao Senhor, confia Nele e o mais Ele fará".



Depressão na família Sl 42

Como ajudar alguém próximo a vencer a doença sem cair no erro de perder a própria alegria de viver.
Quem sofre de depressão costuma contagiar as pessoas ao redor com suas amarguras, seu mau humor e sua desesperança. Mas são justamente os familiares que podem ajudar o deprimido a vencer a doença. “As vítimas desse mal precisam, antes de tudo, do suporte da família”, diz o psicólogo Adriano Camargo, presidente da Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (Abrata).
Em muitos momentos, os familiares podem se sentir pessimistas e angustiados, e até mesmo culpados. Mas, afinal, como ajudar? Se você está passando por esse problema, fique tranqüila. Selecionamos algumas dicas práticas do que você deve e não deve fazer para enfrentar essa fase de uma forma mais positiva e saudável.
Conheça os sintomas da doença
- Insônia; – Desânimo; – Choro; – Pessimismo; – Alteração no apetite; – Irritabilidade; – Sensação de cansaço ou inutilidade; – Baixa na libido; – Sentimento de inferioridade ou culpa; – Dificuldade de concentração; – 

Pensamento de morte ou suicídio.

Atitudes que ajudam
1. Escute a pessoa deprimida. Você não precisa ter as respostas nem tentar resolver seus problemas. Apenas escute.
2. Tenha paciência. Não é fácil agüentar alguém se queixando todo dia das mesmas coisas. Mas é importante não transformar toda conversa numa discussão.
3. Ofereça seu apoio. Como ocorre com qualquer outra doença, transmitir simpatia e compreensão pode contribuir para a recuperação do paciente.
4. Entenda que depressão é doença. O desânimo e as queixas refletem um desequilíbrio químico no cérebro. Não adianta ficar fazendo graça para tentar animar a pessoa nem dizer para ela reagir. A solução depende mais de tratamento adequado do que de força de vontade.
5. Seja carinhosa! Elogie as qualidades de quem você ama! Faça com que a pessoa se sinta importante e querida.
6. Informe-se sobre a doença. Assim, ficará mais fácil compreender o que se passa com o deprimido.
7. Envolva a pessoa deprimida nas soluções de pequenos problemas diários. Isso ajudará a levantar sua auto-estima.
8. Se o caso for grave, jamais deixe a pessoa sozinha!

Como ajudar alguém próximo a vencer a doença  sem cair no erro de perder a própria alegria de viver:

Erros que pioram a situação
1. Excluir a pessoa deprimida dos problemas ou discussões familiares.
2. Fazer tudo por ela. O indivíduo com depressão pode se sentir incapaz de realizar as tarefas, e aceitar algumas responsabilidades poderá aumentar sua auto-estima.
3. Criticar ou repreendê-la pelo seu comportamento depressivo. Qualquer crítica pode fazê-la desmoronar, tornando-a mais indecisa ou incapaz.
4. Tomar decisões importantes em suas vidas durante uma crise depressiva.
5. Pressionar. A pessoa deprimida pode sentir-se desmotivada ou com desejo de estar isolada. Respeite!

Não adoeça junto!

1. Reserve um tempo para você. Faça alguma coisa que lhe dê prazer e que não esteja relacionada com o paciente.
2. Pratique exercícios, coma e durma adequadamente. Você não ajudará ninguém se sua saúde ou seu ânimo se deteriorarem.
3. conserve sua rotina normal. Não reorganize sua vida ao redor da pessoa deprimida.
4. Mantenha o equilíbrio. Não se envolva muito com a doença. Mas também não ignore o problema.
5. Não se sinta responsável pela felicidade ou infelicidade de quem você ama. Lembre-se de que nem tudo depende de você.
6. Não se sacrifique em excesso. Você acabará sentindo raiva de seu ente querido, por privá-lo de sua vida normal.



“Não reconhecia minha mãe”



“Sou filha única e meus pais se separaram quando eu era bebê. A partir daí, minha mãe pediu demissão do emprego e começou a trabalhar em casa para poder cuidar de mim. Os anos passaram, cresci e, depois que passei no vestibular, comecei a ter uma vida social mais agitada. Então, ela entrou em crise. Me telefonava o dia inteiro, cobrando a que horas eu voltaria para casa, e estava sempre irritada. Meses depois, ela piorou: chorava muito, já não dormia, não comia, falava que queria sumir e em dois meses emagreceu 13 quilos. Eu me sentia muito frustrada, pois tentava ajudá-la e não conseguia. Várias vezes, ela me ligou no celular chorando, pedindo para que eu voltasse para casa, porque ela não sabia do que seria capaz… E eu voltava correndo, muito preocupada. Por fim ela acabou me expulsando de casa e fui morar numa república, sem dinheiro algum e muito triste. Eu já não reconhecia minha mãe. Há algum tempo, por orientação de meu médico homeopata, ela iniciou um tratamento para depressão com um psiquiatra e começou a tomar remédios. Apesar das várias crises que ainda sofre, está muito melhor, tem amigos e voltou a estudar. Quem vive ao lado de alguém que tem depressão sabe que se trata de uma luta diária! Não voltei mais a morar com ela, pois descobrimos que nosso relacionamento é muito melhor a distância. Voltamos a ser amigas!”

Depoimento de Melina Martins

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